Pelo menos uma das espécies é beneficiada, mas sem prejudicar a outra. Existem dois tipos de interações positivas.

Mutualismo (+ +): O crescimento e a sobrevivência de ambas as espécies envolvidas são beneficiados e, em alguns casos, uma não pode sobreviver sem a outra em condições naturais. 

Apesar de seu caráter essencialmente benéfico, as interações mutualistas não devem ser consideradas como relações sem conflitos entre as espécies interagindo. Devemos lembrar que no mutualismo há tanto custos (p. ex., produção de um recurso como o néctar), quanto benefícios e devemos determinar quanto os benefícios excedem os custos para considerar a interação positiva.

Comensalismo (+ 0): Uma espécie é beneficiada, mas a outra não é influenciada. Geralmente envolve um indivíduo que consome os restos de alimentos ou do metabolismo de indivíduos de outra espécie.

Um exemplo é a presença de orquídeas sobre os ramos das árvores, principalmente no dossel da floresta onde podem ter acesso a uma maior incidência de luz solar. Assim, nessa relação as orquídeas se beneficiam da luz nesse estrato da floresta, enquanto a árvore ocupada não é prejudicada. Um outro exemplo é a relação entre leões e hienas. As hienas ficam próximas de bandos de leões e esperam que eles se alimentem após a caça; quando os leões saem, as hienas se alimentam das carcaças deixadas pelos leões.

Também é comum que algumas espécies vegetais apresentem sementes ou frutos dotados de ganchos ou substâncias viscosas que aderem aos pelos, cerdas ou penas dos animais que entram em contato com eles. Frequentemente, eles causam irritação ao animal, que muitas vezes se limpa e os elimina quando possível, mas em geral após transportá-los por certa distância. Nesses casos, o benefício é para a planta (que investiu recursos em mecanismos de fixação), e não há recompensa para o animal, podendo em casos de infestação não extrema, ser considerado um comensalismo.